sábado, 17 de janeiro de 2015

Me deu vontade de saber


Olá!

Ontem eu estava aqui pensando no blog e me veio a ideia de fazer uma enquete.
Escrevo aqui efetivamente há quatro anos, no começo  fiz postagens meio explicativas de como estava pensando o blog, mas muito superficialmente.
Uso contadores de visitantes faz tempo, já tive problemas de falharem e ter de mudar de contador, recomeçando a contagem toda de novo e me chateando por perder a noção de como vai a receptividade do blog.
Isso é importante, no meu caso, porque são poucas as pessoas que deixam comentários, que são outro meio de saber do andamento do blog, indo além do número que não me dá noção do que pensam das postagens, se gostaram, se algo ficou confuso, enfim, um retorno é sempre bom.
A enquete é para justamente tentar, ao menos, ter uma noção do que motiva as pessoas a virem ao blog e dispensarem alguns minutos de suas vidas para me ler.
Sei que há quem estivesse procurando um assunto determinado nos buscadores, como o Google, e vieram parar aqui. Sei que às vezes nem encontraram nada relativo ao assunto procurado, mas achou legal ter sabido da existência do blog. Bem, não sei se quem vem uma vez volta depois, volta outras vezes...
Já faz um ano que passei a usar as estatísticas do próprio blog, a que aparece no final da página é o de número de visualizações de página do blog desde 2009

Tem até uma por países, outro que se baseia no navegador do visitante.
Um recurso que o blog me deu para "conhecer" meus visitantes é o de postagens mais lidas. Sei, por exemplo, que as duas mais lidas neste momento [dia 17/01/2015 19h10] são essas

A primeira é antiga, mas está quase sempre em primeiro lugar de leituras. Desse modo fico sabendo que muitas visitas são de pessoas interessadas em monotipia ou apenas em técnicas de arte. Isso sinaliza um tipo de postagem a ser disponibilizada mais vezes aqui. A segunda pode indicar que os visitantes gostaram da cara nova do blog com meu desenho, mas também pode ser que estejam lendo por eu contar como fiz para acertar a largura da imagem e do resto do blog, algo mais técnico, que quem tem blog pode aproveitar.
A postagem mais recente, publicada já há três dias, atraiu somente duas pessoas. Aí eu me pergunto se o que eu escrevi sobre os curta-metragens e as videoinstalações da Bienal de São Paulo é um assunto que não interessa aos visitantes, se é um texto mais pesado, se continuo escrevendo sobre o evento ou não.
Algumas das alternativas da enquete são baseadas nas minhas motivações para visitar blogs de artes/artistas



Ela vai ficar no blog até o dia 17 de março deste ano.
Pretendo olhar com atenção os resultados. Não sei ainda o que vou fazer com esses dados, mas podem sim me levar a fazer novas postagens levando em consideração as respostas. É bom saber com quem estou falando todos esses anos!
Vou ficar grata se quem visitar o blog puder escolher uma alternativa!
O blog está mesmo em reformulação desde o ano passado, a enquete é um recurso mais e, cá entre nós, bastante importante!
A enquete está na coluna à sua direita, é só clicar na alternativa, ok?

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MINha BIEnal 31_Audiovisual


Bienal 31_fim

Acabou a Bienal de São Paulo, mas a minha segue! Tenho muito o que contar e pensar sobre o que vi e ouvi lá, podem ter certeza disso!
Na
postagem anterior sobre a Bienal, eu falava de desenhos. Não, ainda não falei de todos,  não terminei as pesquisas que gosto de fazer para complementar com informações a postagem e estou com muita vontade de entrar de uma vez no mundo audiovisual, depois retomo os desenhos.
A presença de obras audiovisuais me chamou muito a atenção e a lamentar só mesmo não ter podido ficar calmamente assistindo alguns curtas e videoinstalações que me atraíram de cara, de ouvido. Digo isso porque aconteceu de ouvir primeiro e depois ver, assistir.
Sabendo que não voltaria uma segunda vez ao evento, comecei a tentar não me demorar muito diante das obras, embora isso seja algo que me agrada por demais e é essencial para a leitura delas.
Para poder falar do curta de Gülsün Karamustafa, que não foi o primeiro de que assisti a um trecho, tive de garimpar até descobrir o nome da obra, porque a que aparece o tempo todo, na internet e mesmo no Guia Como procurar coisas que não existem [pp. 138-139], é uma que ela fez com tecidos, que não vi ou vi somente de passagem

 GKaramustafa_Illustrated_History_006

Trata-se de Resimli Tarih [
História ilustrada] de 1995, uma colagem têxtil. Mas o que me interessa é Migrante.
O título original é Muhacir, Gülsün é uma artista da Turquia.
Esses são dados que eu desconhecia até poucos minutos atrás. Estava circulando pelo andar C,  já tinha visto o double-screen film dela:
duas telas colocadas bem na união entre as duas paredes, no canto.
Não havia parado para assistir, acho que fui ver umas tantas obras nas imediações e não dei olhar para aquilo. As telas estavam num espaço escuro,



migrante-leo

a sensação é outra, não notei sequer os fones para ouvir.1 F
Em parte, foi a distância em que eu estava… e agora me vem à memória a cena que, quando decidi assistir, havia dois rapazes mais próximos das telas e eu não tinha boa visão. Esperei que saíssem da frente (ou foi antes, não importa), porque o que vi foi muito especial, aliás, eu nem sabia quanto até hoje, lendo sobre o que é o filme.
Vi a moça da tela à direita caminhar e passar para a outra tela.
E eu não estava filmando. Entrei num estado de perda e peguei logo o celular e, no meio da atrapalhação, registrei isso


 

Depois, me fui dali, não dava para aguardar que o filme recomeçasse e registrar a passagem nessa obra que achei descrita como uma videoinstalação com dupla projeção no canto e que fala de migração forçada, no caso a de suas avós, mas se refere, sim, a migrações forçadas ate hoje.Neste momento em que escrevo, continuo buscando mais informações, fotografias, o próprio filme para mostrar a vocês e meu vídeo ainda não está inserido em seu lugar mais acima, eu confesso que não o vi direito e não estou certa de incluí-lo na postagem. E qual não é minha surpresa ao ver uma foto que é exatamente uma das imagens iniciais do meu vídeo


tumblr_nbectd3gwa1ryyn3ro4_500_muhacir
e posso ver nitidamente o que não vi lá: chocante, os efeitos da guerra mostrados por essa multiartista2 que se define como  “una artista de Istanbul”.
Há uma infinidade de coisas a falar sobre ela, mas deixei espalhados pelo texto e as fotos são links para textos, a fonte das imagens, neles vão encontrar mais informações. Devo seguir para o próximo artista.
Claro que meu encantamento com a passagem da moça de uma tela para outra não é meramente com isso, que é um recurso tecnológico, mas com o uso dele tão bem pensado, essa questão da migração fica representada ali, creio eu. E inegavelmente a beleza disso ser possível pela tecnologia atual. Sei, por experiência minha, de quanto os recursos pesam na realização de uma obra de arte, na verdade, se penso nos equipamentos de que disponho hoje, fica óbvio que não poderia ter filmado um trecho de Migrante e compartilhar aqui sem o smartphone com câmera. Esses simples equipamentos, celulares ou smartphones, me permitiriam concretizar algo que era impensado anos atrás, aliás, foi em 2005 que descobri que gosto de filmar.
Mais uma nota sobre este e outros filmes e a tecnologia. Acabo de perceber que alguns deles não se prestam às salas de cinema, ou ao DVD, menos ainda à TV, só mesmo diante da instalação é que a história se dá.
Bem, acho que não aconselho ninguém a visitar exposições como eu faço, muito menos uma bienal. Fui verificar o nome da obra que filmei, fotografei e foi a primeira que me impressionou pelo uso que faz das telas digitais.
Vi que se tratava de um grupo de pessoas, uma delas aparecia calada, de frente para o espectador, de costas para uma fileira de outras pessoas na tela grande e falando numa tela à direita da gente. Quando terminava de falar, era vista, na tela maior, se juntando aos demais ao fundo.
Eram quatro telas digitais, de tamanhos diferentes

Arte1_band_programa

aqui se vê acima que havia o que ouvir/ler (legendas) em, pelo menos três dessas telas. O espectador exposto a um desafio de captar tudo e certamente sem poder dar conta disso numa única sessão. Ver de novo e again.  Eu, sem tempo.
O curta é The Excluded. In a moment of danger (Os excluídos. Em um momento de perigo) do coletivo russo Chto Delat (= Que Fazer), o que soube no site Fala Cultura, onde também está explicado qual a questão tratada nele.
Há pouco assisti aos comentários do curador Paulo Miyada sobre o curta no vídeo do programa Arte 1 Em movimento,3 de onde capturei o frame com as telas da instalação acima.
Aqui trecho filmado por mim,

 
 

Repito, o evento é muito grande, esse tipo de instalação se perde porque exige um tempo considerável para assistir, se envolver com aquilo e poder compreender a trama, os significados. Se vocês forem ler o que está dito no Fala Cultura e depois ouvirem o curador Miyada, vão notar que cada um abordou o curta de um ponto de vista; sim, ambos incluindo a política, mas o curador tocou no uso da tecnologia, na postura do espectador. Eu fiquei num nível bem superficial,
ilpois não assisti direito, quis registrar da melhor maneira. Foi uma primeira experiência com câmera de celular e com a câmera digital que tenho.
O que me chamou atenção também foi essa imagem





por se tratar de um desenho, mas, como eu não assisti aos vídeos, não sabia qual sua ligação com os vídeos.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

MINha BIEnal 31_Preview Audiovisual




meio fragmentada, multiplicada, é assim que me sinto ultimamente, mas com meu olhar atento a tudo.
A fotografia que estão vendo foi alterada num gerador de glitch online, o ImageGlitcher. No ano passado participei da oficina Glitch e Apropriação Audio/Visual: processos criativos em tecnologias digitais, e soube que os artistas se apropriaram do que seria um defeito, um problema nos games, para fins artísticos e de modo provocado, obtendo efeitos visuais e sonoros de infinitos tipos, a glitch art.
Claro que não vou falar nisso agora, porque o assunto é ainda Bienal de São Paulo. Vou ver se faço uma postagem só sobre glitch, uma vez coisas incríveis são feitas. Por enquanto, que tal experimentar o gerador de que falei há pouco? Basta arrastar usar uma das imagens dadas ali ou arrastar uma imagem do seu computador para a área cinza e mexer nos controles


deixar marcada ou desmarcar a opção de scan lines, se não quiser o efeito de linhas



Também deem uma olhada no site da revista ZUPI, achei obras bem interessantes ali.
Indo ao assunto principal, saibam que estou preparando uma postagem sobre o que vi e ouvi de obras audiovisuais na Bienal.  Nela vão estar, além de vídeos encontrados em sites, os que eu mesma fiz durante a visita à exposição.
A novidade é que, para facilitar a inserção desses vídeos e por desejar entrar nessa área de fazer vídeos de arte, decidi ter uma página no Vimeo, uma plataforma de vídeos semelhante ao YouTube, mas, pelo menos eu acho, que é muito voltada para artistas e vídeos ligados às artes.
Pois bem, essa minha foto é o retrato com que vão me encontrar no Vimeo.
Ontem criei coragem de fazer o upload dos meus vídeos, que são trechos de curtas e de uma videoinstalação de que vou falar na postagem mencionada.
Já vou passar o link, porque me senti bem tornando os vídeos públicos. Apesar de não serem de obras minhas eu me alegrei muito por não me intimidar com o receio de eles não estarem bons, certamente merecendo até uma edição, mas os vejo como um começo de algo que ainda vai ser bem pessoal e é um auto-incentivo para que eu crie os meus vídeos.
Aliás, há uns anos eu dei início a um vídeo com imagens desenhadas por mim para acompanhar um texto que agora ao querer contar dele a vocês, bem, não consigo definir com uma palavra, se trata de um registro gravado do que acabo de inventar que é um diário falado. Eu às vezes gravo minha voz em vez de escrever, acho que diário falado defini o que faço. Então, o vídeo é a junção desse trecho de diário com desenhos. Vou retomar o vídeo, I promise. Ele tem de ficar muito bonito, pois é um presente.
Eis o link de Marga Ledora no Vimeo.
Minha intenção ao fazer os vídeos e as fotos foi a de trazer para o blog a minha experiência da visita à Bienal. Os equipamentos não são sofisticados, são o smartphone e a câmera digital compacta com controles manuais. Contei com minhas emoções, meu olhar pessoal, as condições que tinha, nem sempre as melhores e a inexperiência de quem se propôs contar seu percurso a vocês do seu jeito. De modo algum tem caráter de reportagem, de jornalismo, eu sou uma artista, uma apaixonada por arte.
Hum, já ia esquecendo de agradecer aos que me acompanham publicamente e aos visitantes, porque são vocês que me motivam a continuar escrevendo, pesquisando, criando, compartilhando o que sei e me questionando sobre vida e arte.
Aguarde a postagem onde vão reencontrar meus vídeos e muito mais Há mais postagens e vídeos chegando, aguardem!
UM MARAVILHOSO 2015 para tod@s nós!