segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Arte em revista*


Sem café&com arte2_ML2014


Quero falar um pouco sobre um tipo de postagem que vou procurar fazer daqui para frente. Sobre revistas e arte. Tem a ver com um hábito meu, o de garimpar para encontrar informações sobre artistas, suas obras, técnicas, materiais de arte, galerias, museus… tudo que está relacionado com arte me interessa muito mesmo e não só por fazer arte, mas por ser Cultura.
O assunto é, especialmente, a arte que encontro em revistas!


Para começar, me dedico àquelas revistas que não são de arte, como há uma porção no exterior e algumas no Brasil, mas revistas em que a arte não é o tema central. Sim, aparecem muitas obras de arte nas inúmeras reportagens sobre casas, apartamentos, no entanto o assunto normalmente não é tomado por si mesmo e é tratado numa ou mais seções.
Eu comecei a garimpar nessas revistas há tanto tempo que não sei precisar quando, nem como começou. Vou dizer que talvez tenha sido nos sebos, porque estou me lembrando da revista Vogue Casa que me fez saber da arte do escultor Dan Fialdini, sobre quem já escrevi em duas ocasiões (Dan Fialdini_o escultor e Comentário de comentário_com alegria). 
Vai ver foi assim, quando vi essa revista sei lá onde, mas certamente um sebo, ou numa banca de jornais e revistas que vende revistas usadas isso lá nos anos 1980.
Eis a Vogue Casa (ano 14, nº 2) que maravilhosamente entrevistou Dan Fialdini1 em 1990


Capa de Casa Vogue 14 2
Revistas de decoração são muito boas para descobrir artistas. Revistas de cultura, se forem mesmo de cultura têm de trazer artigos sobre artes, nem que seja falar de alguma exposição, alguma história sobre a vida de um artista. E vou me lembrar de novo do passado. Foi na revista Veja2 que encontrei as fotografias de Anna Mariani. Também, graças às páginas da edição dessa revista, nunca me saíram dos olhos as fotos dela, que, anos mais tarde, eu tive ideia de escrever aqui Anna_Platibanda_Mariani
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Jornais, seus cadernos de cultura são outra fonte de arte, artistas visuais.
Isso é mais comum, mesmo assim já está em minha mente o desejo de falar neles, sobretudo os cadernos de cultura de alguns jornais em que não se supõe que haja tais cadernos e menos ainda que a arte seja mostrada, tratada ali de um modo tão adequado.
Bem, revistas, e de novo a Casa Vogue,

Sem café&com arte2_ML2014
uma bem recente, do mês de Junho passado, que resolvi folhear numa livraria da cidade.3
E da qual vou falar na próxima postagem. Escrevi enquanto folheava, no caderno que se vê na foto acima. Eu, muito primitiva, adoro escrever à mão, com direito a caneta, papel.
Então tenho agora de digitar o texto e também fazer umas pesquisas de imagens do que li na revista, pois não quero incorrer em nenhum desrespeito ao direito de autoria de quem escreveu, fez as fotografias  para a revista.
Aliás, não sei se fazer o que faço já não é um desrespeito. Estou me informando, caso seja, retiro do blog imediamente, claro!
No entanto, creio que como estou fazendo comentários e sempre citando a fonte, com páginas, títulos de artigo e ou seção da revista, imagino que não haja violação dos direitos autorais de ninguém. Minha intenção, ao escrever sobre o que vejo, leio, aprendo nas diversas fontes, sejam livros, artigos em jornais, revistas, na internet, seja de onde for, a fonte sempre será citada, até porque isso dá credibilidade ao que escrevo para vocês. Eu pesquiso, não invento informações, faço meus comentários, minhas críticas, conto o que senti, penso sobre o que li, vi, presenciei.
Não sabia, mas com esse meu comportamento de pegar uma informação na web, trazer pra cá, comentar, descrever, opinar, acrescentar outras informações é o que se chama atualmente de curadoria de web.
Faço isso aqui desde 2010 e minha intenção foi a de, entre outras coisas, mostrar o que acredito algumas pessoas ligadas às artes, por gostar, fazer ou estar envolvidas com arte (galeristas, colecionadores, etc.) não viram, ou não se detiveram o suficiente, ou queiram se sentir provocados a procurar mais, a visitar as exposições, ir às lojas de materiais, lidar melhor com suas câmeras fotográficas, entrar em contato com outros universos, como o da fotografia analógica, que foi desmontada, difamada e, por muita gente, descartada como se fosse uma forma de expressão imagética inferior às digitais.
Mais uma coisa a acrescentar, tenho uma outra intenção, a de aumentar o consumo de revistas, jornais, livros, sejam as edições em papel ou internéticas. Explico: já vi muita revista de arte acabar e esse também foi um dos motivos que me levaram, em certos períodos, a me socorrer buscando arte especialmente em revistas de decoração, mesmo elas não sendo, sob um ponto de vista, as melhores fontes, porque, por exemplo, nem sempre o nome do artista é citado, essas revistas não são de arte; as de arte, por exemplo, informam o nome do artista, o título da obra, a técnica.
As revistas de decoração são fontes de informação de arte, mas seu foco principal são as casas, os objetos de decoração, os móveis, os arquitetos, designers.



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1. Na época em que escrevi a primeira  postagem ainda não dispunha de escâner, nem câmera digital, a do celular era muito ruim.
2. Escrito por Okky de Souza, nº 935, 30 de setembro de 1987, São Paulo. As informações sobre autor do artigo, edição, encontrados no site do Itaú Cultural.
Não fui muito hábil ao não procurar manter mais dados sobre a revista, apenas selecionei as páginas com a reportagem e guardei. Isso foi há um bocado de tempo.
3. Vou pedir desculpas por me deter na revista que já saiu de circulação. A ideia ainda não colocada em prática é de publicar o meu texto em tempo hábil para quem quiser adquirir a revista depois de me ler.

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