Ainda não vou falar de minhas experimentações na oficina de fotografia, estou preparando uma postagem para isso. Recomendo quem puder ir ver as fotografias de Alline Nakamura expostas em Suzano (SP) como uma artista selecionada no
com fotos da série Juninas, entre as quais está uma das minhas favoritas
porque também com esses vermelhos, além de bonita, com a luz entrando.
Conheci Alline porque, a partir do momento em que, durante um workshop de gestão cultural(1) que ambas fazíamos, começamos a trocar e-mails. Acho que eu até percebi mas ela não e um dia disse que tentara descobrir quem era eu em sala de aula.
Para ser breve, ela fazia o mesmo workshop em Atibaia e eu, em Campinas e com o mesmo orientador, que evidentemente mandava textos para todos. Percebi algo desse tipo por nunca ter ouvido o nome dela, e, ao saber que acontecia em outras cidades, podia estar havendo o engano.
Internet tem dessas coisas, considero isso um feliz acontecimento.
Trocamos mensagens, endereços de blogs, nos visitamos assim, por enquanto.
Outra foto de Alline que aprecio é da série (Land)scapes
pelas cores, as texturas e o enquadramento.
Fotografia, agora que estou mais em contato com o fazer, é arte, sempre foi. Não sei mesmo por que razão houve e talvez ainda haja quem pense o contrário, que pintura é que é arte. A gente, quando não sabe como é feita, acredita piamente que se trata de uma mera cópia da realidade e não é isso. E não me refiro somente às fotos de câmeras digitais, toda foto é resultado de tantos fatores ligados aos materiais (filmes e papéis para as cópias, antes tem de pensar na parte química de reveladores, interruptores, fixadores, o banho final etc.) e não se pode esquecer das câmeras.
Sim, cada uma com suas características e possibilidades elimitações, sejam de filme ou digitais ou de papel fotográfico, essas feitas com caixas de papelão ou de madeira ou com latas de leite, de que falo em outra ocasião, mas que se chamam câmeras de buraco de agulha.
E nossos olhos, como participam nisso?
Cada pessoa vê de um modo diferente, são diferenças maiores ou menores, não fosse desse jeito seria mais complicado, e às vezes é muito complicado, basta lembrarmos de quem é daltônico(2), que identifica as cores de um jeito muito peculiar, e quem é míope, como eu, com minha visão mediada por uma lente de óculos.
Os monitores de computador, eles também tem suas capacidades e limitações de reprodução de imagem. Até o fato de sermos ou não expostos à fotografia, termos aprendido a vê-las, lê-las, tem influência no modo como nos relacionamos com fotografia.
Eu me desviando do motivo de escrever a postagem...
Alline teve suas fotos escolhidas entre as obras de um monte de artistas inscritos no Salão. Ser escolhido numa situação dessas é muito importante para o artista, significa reconhecimento da qualidade de sua obra, do empenho, da capacidade criativa desse artista, projeta seu nome no mundo das artes, faz com que mais pessoas tenham acesso ao que ele faz.
Pode-se ler o depoimento de Alline sobre o Salão, na página do site Atibaia Cultural, e notar como é sua vida de fotógrafa e sua postura em relação à arte revelada na frase
Ganhar alguma premiação é raro e não deve ser, a meu ver,
a primeira motivação para a realização de um trabalho artístico.(3)
Não preciso dizer da alegria com que recebi essa notícia, que me leva a escrever e recomendar que vejam o que ela expõe no Salão e nos links que espalhei pelo texto.
A exposição abriu ao público no dia 05 passado e vai até 10 de dezembro deste ano, no seguinte endereço
Rua Benjamin Constant, 682
Centro
Suzano (SP)
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4747-4180.
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1. Este workshop foi muito rico, conheci pessoas muito boas e talentosas. Não me serviu ainda para fazer um projeto meu, mas em termos humanos foi demais. Além de Alline, conheci Gabriel, o músico da postagem anterior, e o poeta Geraldo Maia de Os Poetizadores, grupo que divulga poesia durante apresentações toda quinta-feira às 16h na praça Carlos Gomes aqui em Campinas (SP). Logo, logo vou fazer cursos mais pelas pessoas que tenho oportunidade de conhecer do que pelo assunto em si, embora o assunto certamente seja um elemento de aproximação a priori.
2. Daltonismo é "uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho" (ver mais sobre o assunto no Wikipedia).
3. Alline foi selecionada para a exposição e não premiada.
ML_Tem mais um link para fotos de Alline, este da série Chuva.
Eu espero que todos os links funcionem para que possam ver mais fotos dela nos álbuns. Digo isso porque tive alguns contratempos para achar links que levem ao Facebook, que tem áreas restritas a visitas de quem é cadastrado nele. Testei todos.
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