Claro que eu gostaria de mostrar uma fotografia minha deslumbrante de tão bem captada e revelada e ainda copiada com sucesso, mas optei por mostrar como fiz Barracão, contar um pouco dos processos que me fascinaram e antes do curso no Museu Lasar Segall, em São Paulo, no semestre passado, eram de total desconhecimento para mim.
Acho bom poder contar que estou em meio à aprendizagem e há muito mais a saber e entender do que faço ideia. Outra coisa: ainda estou desenvolvendo um olhar de fotógrafa e fazendo experimentações, leitura de textos, conversando com gente que já é fotógrafo ou que ao menos está mais tempo que eu na estrada fotográfica. Estou gostando dessas conversas, parece que o pessoal nessa área troca muita informação, experiência, que respeita o pouco que sei, não esconde o jogo.
Tenho de contar mais coisas aqui, por hoje foi só mesmo porque fazia um tempo que queria partilhar com vocês algo da fotografia que comecei fazer e um pouco sobre o laboratório.
Notem que fotografei o que via, o que a câmera via, cada qual com seus recursos e limitações, e que a imagem passou por alguns processos essenciais para a obtenção de uma imagem e, portanto, a imagem que veem [que ainda foi escaneada e reduzida para ser inserida no blog] é resultante de todo um trabalho em que escolhas são feitas pelo fotógrafo, como o ponto de vista, o horário em que a foto foi fotografar, o tipo de filme, o tipo de papel fotográfico da cópia, a câmera, as lentes, os filtros etc., isso somado, sim, às condições da cena. É uma infinidade de fatores, boa parte deles eu ainda não conheço certamente.
Barracão foi fotografada com uma câmera de filme (ou analógica) Canon AE-1 PROGRAM, que é de meu irmão, e o filme eu já mencionei que foi o TRI-X da KODAK e usei a lente de 50 mm. Não vem ao caso colocar aqui essa informação mas, especialmente agora que estou experimentando fotografar, comumente anoto para cada foto a indicação de abertura do diafragma indicada pelo fotômetro, um dispositivo que analisa a quantidade de luz que entra pela lente e faz a indicação adequada; anoto a distância entre a câmera e o objeto fotografado e a velocidade (tempo de segundos ou décimos ou milésimos de segundos em que o diafragma vai fica aberto para registrar a imagem no filme). Faço isso para entender como obtive aquela fotografia, onde errei ou acertei. Analiso o que vejo com esses dados em mente.
Ih, já ficou muito técnico, não foi?
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