Experimentando, 2009, giz pastel oleoso s/papel
Volta e meia me pego desenhando em pequenos pedaços de papel. Este aí é uma dessas experimentações, o que era para verificar algum efeito com o giz pastel oleoso se tornou um desenho de verdade. Ficou bom.
Aproveitando um recurso do editor de imagem, apaguei o registro da borda recortada a poucos milímetros em toda a volta do desenho. Isso mesmo, cortada com tesoura a tal borda. Não me pergunte por que fiz, qualquer resposta não justificaria que eu tenha feito o desenho num pedaço de papel tão pequeno ou reutilizado um, ou seja, usar um papel cheio de testes de cor, de técnicas, desenhos que não deram certo etc., e ter de recortar para tirar algo que atrapalhava a imagem. (O papel, deixe que esclareça, trata-se de um Fabriano 5, pois os testes são realizados sobre o papel em que os desenhos serão feitos. Não é papel de rascunho, de esboço, não!)
Na verdade não adianta me recriminar agora, está feito e mais: não foi a última nem a primeira vez que algo assim aconteceu e me deixou maluca comigo mesma. Parece que os pequenos papéis atraem boas imagens; se paro para pensar, alguns dos meus melhores desenhos nessas condições surgiram sem uma pré-elaboração, esboços, estudos e uma quebrada de cabeça sobre as cores. E nesses cantinhos de papel.
Neste uso muito grafite, é uma elegia ao material, até porque uso poucas cores.
Tenho uma predileção por objetos isolados, raramente vão ser vistos muitos elementos num desenho meu. São indivíduos, cada qual com sua personalidade, em seu espaço.
Solitários?
Não penso nisso ao fazer, não acredito que os faço desse modo por "querer" retratar a solidão dos seres. Repito que são as formas normalmente que me estimulam a desenhar. Não me acordo e penso "hoje vou desenhar a solidão ou o amor", não saberia fazer isso. Ter um tema desses e buscar a imagem para retratá-lo seria para mim uma camisa de força.
Não digo que já não tenha feito algo que remeta ao emocional, a alguma condição ou estado emocional ou fato ocorrido comigo ou outra pessoa, mas não de caso pensado, de modo consciente. A referência aparece às vezes no momento de nomear o desenho.
Depois de terminado o desenho a história é outra, olho a imagem e nela posso ver mais do linhas e cores e formas. Eu sinto mais do que simplesmente gostar ou não do que desenhei. No entanto não faço segredo de que eles são os elementos mais importantes, pois a interpretação nem sempre posso traduzir em palavras.
Na verdade não adianta me recriminar agora, está feito e mais: não foi a última nem a primeira vez que algo assim aconteceu e me deixou maluca comigo mesma. Parece que os pequenos papéis atraem boas imagens; se paro para pensar, alguns dos meus melhores desenhos nessas condições surgiram sem uma pré-elaboração, esboços, estudos e uma quebrada de cabeça sobre as cores. E nesses cantinhos de papel.
Neste uso muito grafite, é uma elegia ao material, até porque uso poucas cores.
Tenho uma predileção por objetos isolados, raramente vão ser vistos muitos elementos num desenho meu. São indivíduos, cada qual com sua personalidade, em seu espaço.
Solitários?
Não penso nisso ao fazer, não acredito que os faço desse modo por "querer" retratar a solidão dos seres. Repito que são as formas normalmente que me estimulam a desenhar. Não me acordo e penso "hoje vou desenhar a solidão ou o amor", não saberia fazer isso. Ter um tema desses e buscar a imagem para retratá-lo seria para mim uma camisa de força.
Não digo que já não tenha feito algo que remeta ao emocional, a alguma condição ou estado emocional ou fato ocorrido comigo ou outra pessoa, mas não de caso pensado, de modo consciente. A referência aparece às vezes no momento de nomear o desenho.
Depois de terminado o desenho a história é outra, olho a imagem e nela posso ver mais do linhas e cores e formas. Eu sinto mais do que simplesmente gostar ou não do que desenhei. No entanto não faço segredo de que eles são os elementos mais importantes, pois a interpretação nem sempre posso traduzir em palavras.
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