Na postagem anterior MinHa BIEnal 31, eu acabei não falando o que vi no evento por não desejar influenciar, também por ainda estar editando o material que produzi não só da Bienal mas das outras exposições que visitei em São Paulo | SP no mês de novembro.
Além do artista Prabhakar Pachpute que fez os desenhos usados no cartaz, no logo, no site e outros materiais impressos ou não da própria Bienal e de ele expor uma obra ou três obras se assim preferirmos, pois…
Até ia compartilhar aqui uma imagem de Dark clouds of the future,1 obra desenhada por ele que está exposta no evento, mas encontrei algo muito bonito e que vão perceber só no final do vídeo o motivo de eu trazê-lo
O vídeo de mesmo título da obra a que me referi está no vimeo,2 juntamente com outro, ambos resultantes de muito talento mesmo de Pachpute e de sua visão particular e poética do que vê, sente no lugar onde nasceu.
Foi pouco antes do final da visita que me dei conta da presença insistente do desenho no evento que tem de tudo, desde de desenho, passando por pintura, fotografia, vídeo, instalação, curta-metragem, gravura, tapeçaria, acho que citei tudo… faltou escultura.
Por ser desenhista, pode ser que isso tenha me tornado mais atenta aos desenhos na Bienal, mas só alguém bastante desligado para não ver que ali há desenhos e com uma grandiosidade em certas obras. O desenho neste evento tem um papel que normalmente dado à pintura, e sim, lá está a imensa pintura de bustos do artista Éder Oliveira, que aqui, em foto que fiz quando já estava descendo as rampas para deixar a Bienal, fiz questão de subir alguns metros da rampa e fazer o registro, deixando visível apenas uma pontinha dela3
não por não gostar, mas apenas por ter visto muito antes de ir à Bienal.
Eu me encantei com os desenhos, no caminhar por lá, antes dessa foto, passei por um último desenho e me dei conta da importância dos desenhos ali pois foi com um que entrei no mundo das artes do evento.
Coisa de parede inteira, os olhos viajando nas linhas e formas daquela espécie de mapa. Deve haver quem o fotografou ou filmou inteiro e se acha na internet ou alguma revista, de arte ou não. Optei por registrar uns trechos da obra,
que não me ocupei de saber o título lá, mas se trata de Map do artista chinês Qiu Zhijie.
Perturbador estar diante da obra e haver pessoas, como eu, circulando à sua frente, atrás de mim, ao lado, todos nós a tentar abarcar toda a imagem do mapa gigante feito à mão na parede. Cheio de detalhes, com palavras escritas, como demagogue (demagogo), poverty (pobreza), no lugar do nome de países e cidades nesse mapa de um mundo inexistente pero no mucho, pois vivemos em meio a elas na realidade, infelizmente no dia a dia.
Fui ver o que Zhijie faz além de mapas e
o artista faz gravuras também, essa é Cloven land , um misto de técnicas, incluindo litografia. E há mais gravuras e outras tantas obras no site de Zhijie.
Mais desenhos eu vi… mas corram pra lá, que hoje é o último dia da Bienal de São Paulo!
_______
1. Quem quiser ver a obra como é exposta basta entrar no blog Culturarte.
Na foto se pode ver as três partes de Dark clouds of the future desenhadas a carvão sobre parede. 2. Baixei o vídeo e inseri aqui, isso para evitar que seja removido e minha postagem fique faltando o vídeo que indico, como já aconteceu e não sei bem o que fazer ainda. Minha intenção é a de informar e não de me apropriar do vídeo do artista! Que fique bem claro isso, o autor é Pabhakar Pachpute!
3. Foto minha feita com a câmera do smartphone.
Nenhum comentário:
Postar um comentário